quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Aprovada desoneração para produtos ortopédicos.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
GINÁSTICA PARA O CÉREBRO
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
SELO - DESAFIO
2° Levar o selo acima que identifica quem está, esteve ou estará no desafio.
3º Completar as seguintes frases:
a) Eu já ...
b) Eu nunca …
c) Eu sei ...
d) Eu quero …
e) Eu sonho
4º Depois de completar a frase com suas respostas indique 5 blogs para dar sequência ao desafio.
Minhas Respostas
a) Eu já ... comprei briga pela INCLUSÃO
b) Eu nunca ... aceitei a DISCRIMINAÇÃO
c) Eu sei ... que nem todos têm ACEITAÇÃO
d) Eu quero ... um mundo sem EXCLUSÃO
e) Eu sonho ... com o dia que não haverá SEPARAÇÃO e que todos serão CIDADÃOS.
MINHAS INDICAÇÕES:
- AsasDaLyberdade - Cecília (http://asasdalyberdade.blogspot.com/)
- Autividade - Valeria Llacer (http://autividade.blogspot.com/)
- ATIDEV - (http://blogdaatidev.blogspot.com/)
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
FACILITANDO A COMUNICAÇÃO PARA AUTISTAS E PARA CRIANÇAS COM DEFICIT COGNITIVO: Uso de PECS.
- necessidades e preferências da criança e/ou família,
Sistema de Comunicação por Figuras
PECS é um sistema de comunicação por troca de figuras que consiste em um modo alternativo e rápido de instalação de comportamento verbal. O método é baseado nos princípios da Análise Experimental do Comportamento e tem sido eficaz no treinamento de comunicação funcional de pessoas com traços autistas (Bondy & Frost, 2001).
O PECS foi originalmente desenvolvido para crianças do espectro do autismo em idade pré-escolar, mas está atualmente sendo usado por crianças e adultos com transtornos do espectro do autismo e outros diagnósticos que apresentem dificuldades com a fala e a comunicação.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
MOTIVAR PARA APRENDER: Minha experiência com a Síndrome de Williams.
A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é uma desordem genética que, talvez, por ser rara, freqüentemente não é diagnosticada. Sua transmissão não é genética. O nome desta síndrome vem do médico, Dr. J.C.P. Williams que a descreveu em 1961 na Nova Zelândia e pelo Dr. A. J. Beuren da Alemanha em 1962 . Sua incidência é de uma criança a cada dez a vinte e cinco mil nascimentos.
Na síndrome de Williams ocorre um esporádico acidente genético que remove uma importante região do cromossomo 7, eliminando cerca de 20 genes, incluindo o gene para a produção de elastina. Alguns desses genes atuam em conjunto e são responsáveis por problemas cognitivos, enquanto outros podem causar problemas morfológicos, como defeitos no coração. Mas o que realmente chama a atenção é o fenótipo social, uma paixão por companhia e diálogo, junto com uma má interpretação da dinâmica social e total falta de inibição num ambiente estranho. Dessa forma, os portadores de Williams adoram conversar, conversam sobre tudo e com qualquer um, sem o menor medo social. Aparentemente, não possuem a chamada Teoria da Mente, ou seja, a capacidade que temos de inferir intenções de uma outra pessoa sem que ela o diga verbalmente. A falta de uma Teoria da Mente faz com que os Williams tenham poucos amigos, mesmo com toda sua inata capacidade comunicativa. Por isso essa síndrome partilha algumas características com o autismo no que se refere a Teoria da Mente e aos interesses, comportamentos e atividades restritas e repetitivas.
Geralmente apresentam uma face característica (descrita como a de um duende): nariz pequeno e empinado, cabelo encaracolado, lábios grossos e grandes, dentes pequenos, bochechas proeminentes, queixo pequeno, baixa estatura, pálpebras volumosas, íris em formato de estrela e sorriso frequente.
Podemos encontrar problemas médicos freqüentes como cardíacos, renais e odontológicos. São crianças que precisam urinar com grande freqüencia. Tem problemas de coordenação, equilíbrio e orientação espacial. Geralmente apresentam um atraso psicomotor mas as suas dificuldades de aprendizagem podem variar entre um potencial intelectual ligeiramente abaixo da média a um déficit severo. É claro que nem todas as características estão presentes em todas as crianças. Não podemos esquecer da individualidade do ser humano.
Outras características:
- voz rouca
- genitália pequena
- envelhecimento prematuro
- ansiedade
- hiperatividade
- hipersensibilidade a sons
- medos de altura
- facilidade com músicas e ritmos
- bebês irritados, que choram com frequência e têm dificuldade para se alimentar
- dificuldade no equilíbrio e na coordenação
- atraso na aquisição da linguagem
- nível de cálcio aumentado no sangue
- hipertensão arterial
- otite crônica (inflamação frequente nos ouvidos)
- estrabismo
- alterações posturais (escoliose, lordose, cifose)
- rigidez articular
- úlcera péptica (feridas no estômago ou no duodeno)
- litíase biliar (pedras na vesícula)
- déficit de atenção
MOTIVAR PARA APRENDER: Minha experiência com a Síndrome de Williams
Não pretendo criar um manual de apoio, regras de tratamento ou metodologias para abordagens na Síndrome de Williams. O que relatarei aqui pode ser usado com todas as crianças com alguma dificuldade. O ser humano é totalmente individual, e como tal deve ser considerado.
Não podemos esquecer dos medos, outra característica da síndrome. Na maioria da vezes os medos envolvem o sentido da audição, os sons diferentes, estranhos ou altos. Trabalho também com outra criança com Williams, tem seis anos e é extremamente ansiosa e medrosa, como o mais velho. Ela se perturba com crianças gritando, barulhos de moto e ruídos altos, como sirenes e até a música, se for alta. Ele se perturba excessivamente com trovões. Bolei uma dessensibilização em relação ao medo, ou seja, usei som holofônico de chuva e trovões e associei a escuta a prêmios. Repeti infinitas vezes. Colocava o fone de ouvido, ligava o som e mostrava na tela do computador um filminho sobre o Metrô, ônibus e outras coisas que o apetecia. Aquilo que lhe causava medo, no caso, o som do trovão, era sempre associado a imagens tranqüilizadoras e que o acalmavam. Depois de um ano ele já não tinha mais o pavor de antes, tornou-se um medo normal e não paralisante. O cérebro, dessa forma, é condicionado a reagir de outra maneira. Trabalhei também com som holofônico com uma outra menina de 8 anos, sem deficiência, com um medo gigantesco, quase um pânico, de cachorros. Para meu prazer, descobri também que ela era "vidrada" por jogos de computador. Bem, juntei as duas coisas. Consegui sons e imagens de cachorros. Sons de cachorros brigando, latindo, uivando, etc. Consegui até um som holofônico de cachorros perseguindo pessoas, como também imagens de todo o tipo de cachorro, desde os mais fofinhos, até os mais ferozes. Foi só colocar as duas coisas juntas, devagar, observando a reação da criança. Enquanto jogava, escutava sons de cachorros ou enquanto ouvia seus cds prediletos via imagens de cachorros. Puro condicionamento! Em pouco tempo suas reações em relação à cães mudaram e ela foi presenteada com um belo filhote, bem manso e de pequeno porte. Bem, aqui há uma diferença: em relação ao medo na síndrome de Willians, e no caso dos cachorros. Na síndrome o medo geralmente ocorria por hipersensibilidade auditiva e desintegração sensorial, e no outro caso, a menina não tinha nenhum desses distúrbios. O medo nasceu de uma experiência mal sucedida com cães.
Quando a causa é sensorial, ou seja, quando a criança não utiliza os sentidos de forma adequada, exige-se mais intervenções.
Através dos sentidos a criança, conforme aprende a se mover, equilibrar-se e relacionar-se com os objetos e pessoas ao seu redor, aprende sobre o mundo em que vive. O cérebro organiza toda a informação recebida pelos sentidos para possibilitar uma resposta. Essa organização que o cérebro dá à informação sensorial é chamada de “integração sensorial”. Ela permite que dirijamos nossa atenção para produzir comportamento útil e adaptativo e para que nos sintamos bem sobre nós mesmos. A Integração Sensorial é o processo neurológico que organiza a informação que recebemos do nosso corpo e do mundo que nos rodeia, para depois utilizarmos nas nossas ocupações e ações. Quando os problemas na integração dos estímulos sensoriais não são detectados precocemente, condicionam o comportamento da criança e as suas respostas ao ambiente, provocando manifestações desajustadas no desempenho dos seus papéis. A terapia da Integração Sensorial é uma resposta científica a múltiplos e diversos problemas infantis de aprendizagem, descoordenação motora e comportamento, tais como a hiperatividade ou uma ineficiente inserção escolar e que tantos quebra-cabeças dão aos pais e educadores, sem esquecer os problemas que acarretam aos principais afetados, as póprias crianças. Integração Sensorial é uma técnica que ajuda a criança a organizar a sensação do próprio corpo e do ambiente e, assim, torna possível usar o corpo de uma forma efetiva no meio. Para isso uma boa Terapeuta Ocupacional é utilizada. É ela quem traçará a melhor terapia de Integração Sensorial para cada caso. Temos que conhecer como nossa criança usa seus sentidos e se os integra. Alguns utilizam a audição mais que a visão, outros o olfato, outros têm problemas posturais e outros ainda dificuldades táteis, além de outras.
Texto revisado em 10/09/2010, para propiciar maiores esclarecimentos.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
A DIMINUIÇÃO DA IDADE PENAL E A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA: A Gestão do Problema.
Fevereiro/2007
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
PROFESSOR OU EDUCADOR?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
MAÇANETAS REDONDAS NÃO SÃO ACESSÍVEIS!!!
Nos dicionários é definida como facilidade na aproximação, no trato ou na obtenção.
Sem ter a funcionalidade total das mãos, deparei-me com inúmeras barreiras que me impediram de aproximar, obter e tratar. As barreiras são entendidas como potenciais fatores de exclusão, que acentuam preconceitos e criam condições propícias a práticas discriminatórias.
Quando pensamos em acessibilidade para garantir igualdade, muitas vezes não lembramos de pequenos detalhes que impõe barreiras tão grandes quanto uma escada para o cadeirante. Alguém já viu um idoso tentando abrir uma porta com maçaneta redonda? Com as articulações endurecidas e a força de preensão fraca, é impossível, como também o é para mim. Alguém se preocupa com as embalagens dos produtos? Como é difícil abrir um pacote de salgadinhos chips se você só tem uma mão?
Esquecemos que o design, às vezes, não proporciona acessibilidade. Com as mãos limitadas me deparei com controles remotos cada vez menores e com botões minúsculos, enquanto tudo que eu queria era um controle que pudesse ser utilizado com os pés, grande e resistente.
E as caixas de leite? Bem, a tesoura eu ainda não consigo usar. Mas eu tenho a alternativa das caixas que possuem tampa de rosquear, que eu também não possuo força para abrir, e ainda tem aquelas com dispositivo tipo das caixas de suco, mas elas possuem um selinho de fechamento impossível para mim de retirar. Sobra então, o leite de saquinho, esse eu abro com o dente mesmo.
E os desodorantes em spray? Nunca imaginei que eu deveria fazer tanta força para usá-lo. Sem força nos dedos e mãos, precisei eleger um ajudante para essa tarefa, e mais tarde mudei para os do tipo “roll-on”.
E para abrir a coca-cola? A garrafa d’água e todas as outras roscas que existem? Definitivamente, rosquear não é acessível!
A acessibilidade também inclui um “design” acessível para os produtos e ferramentas.
Embalagens fáceis de abrir e maçanetas acessíveis se tornaram a minha prioridade, pois passar a Páscoa tentando abrir os deliciosos chocolates embalados tão herméticamente um a um foram o meu martírio.
Bem, quanto as “maçanetas redondas”, para essas eu comprei a briga!
segunda-feira, 27 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Falando Sobre a Lateralidade.
Lateralidade, portanto, é o predomínio de um lado do corpo sobre o outro. Pensamos só na mão quando falamos em lateralidade, no entanto, deve-se considerar também, as extremidades inferiores, os órgãos dos sentidos, a visão e o ouvido.
A lateralidade é uma bagagem inata, correspondendo a dados neurológicos. Como todos sabem, o cérebro é composto por dois hemisférios, o direito e o esquerdo, unidos por vários feixes de fibras de comunicação, sendo o maior de todos denominado de corpo caloso. O hemisfério direito comanda o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo comanda a o lado direito do corpo.
Mas antes da lateralidade se estabelecer, a criança precisa ter noção do seu corpo, do espaço que ele ocupa e do que ele pode fazer. Ela precisa desenvolver uma visão do seu próprio corpo em sua mente, ou seja, uma imagem corporal, que nada mais é do que a representação mental de seu próprio corpo – seu esquema corporal. Não é um conceito aprendido e que depende de treinamento. Ele se organiza pelas experiências do corpo da criança. É uma construção mental que a criança realiza gradualmente, de acordo com o uso que faz de seu corpo
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos, estando o seu corpo ocupando um espaço no ambiente em função do tempo, captando assim imagens, recebendo sons, sentindo cheiros e sabores, dor e calor, movimentando-se. O corpo é o seu centro, o seu referencial, para si mesma, para o espaço que ocupa e na relação com o outro.
A função de interiorização permite a passagem do ajustamento espontâneo, a um ajustamento controlado que, propicia um maior domínio do corpo, culminando em uma maior dissociação dos movimentos voluntários. A criança, com isso, passa a aperfeiçoar e refinar seus movimentos adquirindo uma maior coordenação dentro de um espaço e tempo determinado. Descobre sua dominância e com ela seu eixo corporal.
O corpo passa a ser um ponto de referência para se situar e situar os objetos em seu espaço e tempo. Neste momento assimila conceitos como embaixo, acima, direita, esquerda e adquire também noções temporais como a duração dos intervalos de tempo e de ordem e sucessão, isto é, primeiro e ultimo.
A estruturação espacial não nasce com o indivíduo. Ela é uma elaboração e uma construção mental que se opera através de seus movimentos em relação aos objetos que estão em seu meio.
Para a criança assimilar os conceitos espaciais precisa, também, ter uma lateralidade bem definida, o que se dá por volta de 6 anos. Ela torna-se capaz de diferenciar os dois lados de seu eixo corporal e consegue verbalizar este conhecimento, sem o que fica difícil distinguir a diferentes posições que os objetos ocupam no espaço. Daí a importância em não contrariar a lateralidade da criança, pois dela dependerá muitos sucessos futuros.
Crianças que não tem consciência de seu próprio corpo podem experimentar algumas dificuldades como insuficiência de percepção ou de controle de seu corpo, incapacidade de controle respiratório, dificuldades de equilíbrio e de coordenação.
Elas podem também, apresentar dificuldades em se locomover em um espaço predeterminado e em situar-se em um tempo, pois o esquema corporal está intimamente ligado à orientação espaço-temporal.
Uma criança com grandes problemas de esquema corporal manifesta normalmente dificuldade de coordenação dos movimentos, apresentando certa lentidão que dificulta a realização de gestos harmoniosos simples, como abotoar uma roupa.
A criança se confunde em relação às diversas coordenadas de espaço, como em cima, embaixo, ao lado, linhas horizontais e verticais, e também não adquire o sentido de direção devido a confusões entre direita e esquerda.
Uma perturbação de esquema corporal pode levar a uma impossibilidade de se adquirirem os esquemas dinâmicos que correspondem ao hábito visomotor e também intervém na leitura e escrita.
Uma conseqüência séria da falta de esquema corporal é o não desenvolvimento dos instrumentos adequados para um bom relacionamento com as pessoas e como seu meio ambiente, e pior ainda, leva a um mau desenvolvimento da linguagem.
Bem, em função de tudo isso que aconteceu tive que provisoriamente mudar minha lateralidade: “Estou perdida no tempo e no espaço”...
quarta-feira, 17 de junho de 2009
UM OLHAR FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS...
Como um olhar pode nos deixar felizes ou pode nos esmagar!
O olhar é muito mais do que uma função fisiológica, É uma linguagem forte. É um universo carregado de sentido que pode relatar o destino de muita gente e provocar alterações decisivas na vida. Sem o olhar do outro, não existimos e a maneira como somos olhados pode definir nosso destino. O olho é capaz de ver as imagens produzidas e estas podem voltar-se para o sujeito e perturbá-lo. É o velho ditado se fazendo valer: “O que os olhos não vêem o coração não sente!” Treinamos nossa fala, escondemos emoções na escrita, mas não temos controle sobre nosso olhar. Ele muitas vezes nos trai, nos perturba e aí o desviamos de nosso interlocutor, pois sabemos que ele pode saber a verdade se nos olhar de frente.
O olhar é estudado separadamente da expressão facial devido à grande importância que o mesmo tem na comunicação não verbal. O olhar tem um papel determinante na percepção e na expressão do nosso mundo psicológico. A variedade de movimentos possíveis com os olhos é ínfima quando a comparamos com as expressões faciais.
Sua importância é tão grande que é através do contato com o olhar da mãe que o bebê formará seu próprio sentimento de “eu”. É por meio desse contato com a mãe, do “olhar no olho”, que a criança desenvolve a concentração e se confronta com o diferente de si. É o seu primeiro espelho. O bebê depende do rosto da mãe, de suas respostas faciais, para começar a compreender o mundo. A criança, em presença do novo, do desconhecido ou do que provoca medo, se volta para encontrar no olhar da mãe, a interpretação ou confirmação daquilo que viu. Ela tenta prever a intenção da mãe, olhando-a em seu olho. Não bastam as dicas verbais, a criança necessita “olhar-no-olho” para se sentir segura, compreender o mundo e desenvolver habilidades de interação.
O olhar antecipa a fala e gera uma linguagem: o “manhês”. A mãe olha o bebê e lhe atribui um discurso. Ela fala com e pela criança. Assim, antes de a criança adquirir o domínio da linguagem, a mãe fala por ela, expressa suas necessidades, diz se está triste ou alegre, diz se gostou ou não. Portanto, não basta somente a palavra, o signo verbal, o olhar é também significante e imprime significações ao que se fala. Muitas vezes, tal gesto é imperceptível aos adultos, mas perceptível para o bebê. Através do olhar também vem o sofrimento. O bebê realiza a vivência da ausência da mãe pelo olhar. Ele percebe a mãe se ausentar do seu campo visual assim como lhe faz falta o olhar dela sobre ele. Sua primeira sensação “ruim” aparece e desaparece pelo “olhar”.
O olhar tem um papel variado na interação na vida adulta: o olhar regula o ato comunicativo, através do olhar podemos indicar se o conteúdo de uma interação nos interessa, evitando assim o silêncio; é uma fonte de informação, ou seja, as pessoas olham enquanto ouvem para assim obterem uma informação visual que complemente a informação auditiva; o olhar é uma forma de expressão das emoções, podemos ler no rosto das outras pessoas sem as olharmos nos olhos, mas quando os olhos se encontram, não sabemos somente como se sente o outro, mas também que ele sabe que nós conhecemos o seu estado de ânimo, por último, o olhar é demonstrador da natureza da relação interpessoal, ao encontrarem-se os olhares dizem qual a sua intenção e que tipo de relação mantêm.
No entanto, o olhar do outro marca sua presença por toda a nossa vida. Antes da criança estar apta a capturar, com a visão, qualquer estímulo do mundo, o olhar do outro a captura. Nos primeiros meses a mãe o “olha” constantemente. Tenta capturar por uns segundos sua atenção e se regozija ao ver sua pequena cria olhá-la. Prevê suas necessidades e as satisfaz. Embala-o, acaricia-o e busca constantemente o olhar do filho. Essa impressão primitiva de ser capturado pelo outro, através do olhar, permanece em nós na vida adulta. Há situações em que temos a impressão de alguém nos olhar mesmo quando estamos de costas para o outro; logo em seguida, voltamos nosso olhar para confirmar a impressão. Tais contextos confirmam a existência das impressões primitivas de que continuamos a ser capturados pelo outro através do olhar.
A criança, muito antes de tomar consciência de sua própria identidade, desvia o olho da mãe quando esse é repressivo ou punitivo. É como se aquele olhar pudesse nos ver por dentro, penetrar, ferir. Aí está a explicação para a sensação esmagante que certos olhares causam. Como se ele nos despisse e invadisse nossa intimidade.
Eu senti esse olhar hoje e ele me esmagou!!! Era um olhar carregado de indiferença, envenenado: que produz ameaça, displicente: que esquece o outro, intransigente: que cobra, evasivo: que evita. Era um olhar de PRECONCEITO!
terça-feira, 9 de junho de 2009
Tempo para ... Paciência!
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não... a vida é tão rara... a vida é tão rara).
"Acho que Deus me deu um tempo pra eu ter PACIÊNCIA . . . !"
Obrigada,
Mariza