quarta-feira, 29 de abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cachorro estressado! Amor = Saúde

1 e 2. Jimi roubando minha cama
3. Jimi pedindo carinho








Não é só a minha vida que mudou. A do "meu" cachorro mudou muito mais.
Impossibilitada de acariciá-lo, de alimentá-lo e de brincar com ele, seu comportamento começou a mudar. Ele começou a ficar desobediente, fazendo xixi nas minhas coisas e na casa toda. Se distraíssemos um pouco, lá estava ele deitado na minha cama. Jimi (seu nome) começou a comer suas cobertas, e ele engole!!! Tudo bem, há muitas mudanças no ambiente, mas a mudança que mais o tem afetado é a falta das minhas carícias, toques e abraços.
CARÍCIA (toque, afago, estímulo) é a unidade de reconhecimento humano. Todos nós necessitamos de carícias, tanto quanto precisamos de comida. Bichos também. Toda fêmea lambe a sua cria! Nenhuma criança (ou adulto) aguenta a indiferença dos pais, parceiro, amigo! Um beijo é melhor que um tapa. Mas, um tapa é melhor do que a indiferença...! Bem, o Jimi prefere levar "pito" o dia todo do que nada! Ele está se sentindo rejeitado.
Como eu relatei em COCEIRA - Fisiologia nossa pele serve para conter nossos órgãos e nos dar o limite corporal, porém suas funções vão muito além. Pela pele estabelecemos diferentes níveis de permeabilidade com o meio e também com as pessoas. Ao mesmo tempo, nossa pele tem a função de nos separar e de nos unir aos outros. A pele possui várias funções integradoras, entre elas, fisiológicas, sensoriais, expressivas, eróticas e psíquicas. É responsável pela nossa termoregulação, equilíbrio hídrico, tato, sensibilidade, temperatura, pressão e dor. Além disto, as emoções se expressam através da pele e nos dá nosso referencial de identidade. Por exemplo, ficamos “vermelhos” quando sentimos vergonha, “pálidos” quando estamos com medo, “roxo” quando sentimos raiva. Sentimos comichão quando reprimimos o tesão, cócegas quando temos medo do contato, arrepiamos quando sentimos medo, surpresa ou felicidade, suamos frio frente ao perigo...
Dentre todas as necessidades do ser humano, o toque na pele é o mais importante estabelecedor de afetos e empatia. O abraço é o toque mais sublime e o mais universal e contribui fundamentalmente para a cura e a saúde. É um ato recíproco de dar e receber afeto, de sustentar o outro em toda sua humanidade. Ao abraçar uma pessoa expressamos nossa afetividade, amor e carinho. Temos a sensação de proteger e ser protegido. Ao abraçar encontro comigo e com o outro simultaneamente. A proximidade faz com que o ar que respiramos se misture, é possível escutar o coração e o palpitar da vida. O abraço é tão poderoso, capaz de reconfortar e acalmar em qualquer situação.
O simples ato de abraçar diminui a pressão sanguínea, o batimento cardíaco e o nível de hormônios ligados ao estresse. Por isso, abraço significa saúde e pode aumentar a longevidade. Os níveis de cortisol e de norepinefrina, hormônios do estresse, são reduzidos após um abraço. Enquanto a oxitocina, um importante hormônio ligado à fidelidade e felicidade, aumenta.
Por isso as carícias são tão importantes para o ser humano. Elas nos dão a dimensão de quem somos e nos fazem aceitar quem somos... irados, sozinhos, loucos, carentes .... Tudo resolve com um abraço!
Se é tão importante prá nós, também é para os bichos. E para o Jimi também, que só começou a se "recuperar" após "sessões" de toque e carinho, algumas vezes ao dia. E ajudou, mesmo feito só com as pontinhas dos dedos. Desculpe Jimi, mas logo tudo voltará ao normal!
Voce já abraçou alguém hoje?

VEJA TAMBÉM O VÍDEO "O ABRAÇO"

RECRUTA-SE DIGITADORES!!!

Oi amigos!

Desculpem a postagem lenta, mas não consigo digitar mais do que 10 linhas ao dia.
Estou recutando digitadores. Você se habilita?
Tenho muitas novidades para contar, principalmente sobre o gesso sintético, que não seu certo e já retirei.

Beijos,

Mariza

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quebrou de novo!!!

Oi amigos,

Em 22/04 fui trocar o gesso tradicional por sintético (3 vezes mais leve), presente de minha filha. Bem, os braços não estavam bons. Me anestesiaram e recolocaram no local. É como se eu tivesse quebrado de novo. Orem por mim!
* Vou colocar a foto do novo gesso, azul prá elevar o astral. Obrigada filha linda!
Beijos,
Mariza

terça-feira, 21 de abril de 2009

Coceira - Fisiologia


Alguém já parou para pensar sobre a coceira? Bem, é um assunto que não desperta muito interesse, a não ser que a coceira seja em você e ... você não possa coçar.

Quem leu O CABELO sabe bem o que eu quero dizer. O cabelo bem curto ajudou muito, mas outras coceiras começaram a surgir do nada. Primeiro no nariz, depois nos braços engessados e por último em quase todo corpo (acho que o corpo sente a falta de estímulos sensoriais e provoca coceira).

As quinas da casa já não eram suficientes. Novas técnicas precisei criar, mas tive que entender melhor o que era a coceira e daí tentar enganá-la, como a "técnica do arrepio", que relatarei no fim.

O corpo humano é coberto por quase dois metros quadrados de pele, sendo a parte do corpo humano mais rica em terminações nervosas. Quando se dá algum estímulo na pele, ele pode não incomodar a princípio, mas logo vai começar a coçar. Logo que o fio de cabelo, o pó, ou qualquer fiapo encostar na sua pele, receptores na derme ficarão irritados. Em frações de segundo, esses receptores enviam pelas fibras da pele um sinal para a medula espinhal e depois para o córtex cerebral.

As mesmas fibras que enviam os sinais de coceira também são usadas para enviar sinais de dor para o cérebro, porém, dor e coceira produzem reações opostas. A dor desestimula o desejo de encostar no seu foco, enquanto a coceira nos dá vontade de arranhar e coçar a pele. Assim que sentimos uma coceira, nossa reação natural é arranhar o local. O motivo para essa reação é simples: queremos nos livrar da irritação o mais rápido possível. Ao arranhar a área da irritação, sente-se alívio. Quando o cérebro percebe que o local foi arranhado, afastando o agente irritante, o sinal enviado para o cérebro de que você tem uma coceira é interrompido, deixando de ser reconhecido.

Mesmo que você não remova o agente irritante, o ato de arranhar vai causar uma pequena dor e desviar a atenção da coceira. O agente irritante que causou a coceira pode ser muito pequeno (talvez tenha apenas alguns mícrons), afetando apenas algumas terminações nervosas. Quando você arranha o local onde se encontra o agente irritante, não apenas o remove como também irrita outras terminações nervosas além daquelas que já foram irritadas, parando a coceira antes de começar a dor.

Bem, isso é a coceira e eu não tenho como aliviá-la! A não ser que... eu arrepie. Depois de um arrepio por frio, notei que uma coceira persistente dentro do gesso sumiu como num passe de mágica. Comecei então a me provocar arrepios. No princípio foi fácil. Era só pensar em todas essas coisas que nos dão arrepios. Depois, pensar já não adiantava mais e eu passei a arranhar as paredes com as unhas. Arrepiou? Eu também, mas a coceira passou.
Aceito sugestões.

Mariza Helena Machado

Deficiências - Mário Quintana

Acho que abusei muito no computador. Vou dar descanso para meus braços. Enquanto isso vão refletindo com os vídeos que vou postar.
Renata (vc mesma, mãe do Rapha e da Ju), passe o endereço do blog para as mães. Sei q vc está acompanhando. Conto com você e com a Júlia! Mande beijos a todas mãezinhas e podem vir me visitar.
Beijos,
Mariza



domingo, 19 de abril de 2009

Motivação x Aprendizagem

Motivação - energia para a aprendizagem.


Há diversas possibilidades de aprendizagem e diversos fatores que nos levam à aprender um comportamento ou habilidade. A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo e envolve os aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. Ela resulta do desenvolvimento de aptidões e conhecimentos e da transferência destes para novos fatos.
Para aprender é imprescindível "poder fazê-lo", o que faz referência às capacidades, aos conhecimentos, as estratégias e às destrezas necessárias. E, "querer fazê-lo", ou seja, ter a disposição, a intenção e a motivação suficientes.
A motivação, portanto, é o processo que mobiliza o organismo para a ação, sua necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade e uma predisposição para agir, porque vai gerar satisfação, prazer.
A palavra motivação tem origem na palavra motivo. As ações humanas sempre estão relacionadas aos motivos. Quanto maior for o prazer experimentado na satisfação de uma necessidade, maior será a motivação para satifazê-la. Maior será a motivação para descobrir novas estratégias para levar àquele fim.


Bem, os tabagistas vão me entender!!!
Como fumar sem as mâos?
O prazer que a satisfação dessa necessidade vai causar é motivo o suficiente para que o sujeito desenvolva estratégias para a satifação dessa necessidade. Eu preciso querer para poder!


Isso vale para qualquer aprendizagem. Se eu não despertar "motivos", se o "final" não for fonte de prazer e se não for propiciado as condições necessárias para "poder fazer", nada ocorrerá.

É bom ter isso e mente se quiser ensinar algo a alguém (menos fumar, tá?).














Mariza Helena Machado

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Visão Eficiente do Mundo Deficiente.





O MUNDO COMO INSTRUMENTO


Voce contribui para a inclusão? Pensa no seu semelhante que não "funciona" adequadamente? Eu achava que da minha parte não havia atitudes de exclusão. Sempre levantei essa bandeira. Mas precisei não "funcionar adequadamente", para entender como é difícil viver num mundo para "perfeitos".
Para não excluir eu preciso ter a capacidade de "sentir como", "pensar como", pois só dessa forma eu posso "ver" as necessidades alheias.
Mas por mais que nos esforcemos, nossa visão ainda é muito limitada. Abrir uma tampa é algo muito simples para mãos e mentes perfeitas. Ninguém pensa nos "outros", que o simples ato de abrir uma tampa  pode ser uma tarefa impossível. Eu mesma só passei a me interessar por embalagens a partir do momento em que elas me impediram de exercer meu direito de abrí-las.
Mas o mundo é feito de "roscas", tudo aperta para um lado e abre para o outro. E se eu não posso rosquear? Voce pensou nisso? Tudo tem tampa: de rosquear, de apertar, de puxar ou rasgar. Tudo tem embalagem. Uma abre de um lado, outra do outro. Uma puxa fita, a outra tem que ser no dente mesmo. Tente abrir uma barra de "diamante negro" só com os indicadores, impossível!!!
Passei por maus bocados brigando com tampas e embalagens, e ainda estou passando. O ser humano, quando privado de certas funções, começa a ver o mundo como instrumento, prolongamento de mãos, de pés ou de corpos. Um simples gancho de pendurar toalhas se torna um eficiente "dedão" para limpar o cantinho do olho ou coçar o rosto. Chaves nas portas servem para coçar a cabeça ou pedacinhos específicos do corpo. Quinas, bem, todos também utilizam as quinas para se coçar, principalmente as costas. Você passa a pensar frenéticamente no intuito de "bolar" formas para fazer coisas. Queria tomar refrigerante, sabe o que fiz? Esquentei um garfo, furei a garrafa e coloquei um canudinho. Alterou um pouco o sabor, mas bebi. Voce passa a olhar cada objeto, cada parte, cada buraquinho de forma diferente. É a criatividade humana, adaptando aquilo que não foi adaptado, dando vida àquilo que parecia não ter utilidade, se reinventando para existir. Daí voce começa a enxergar como é difícil viver aqui, nesse mundo deficiente para os eficientes. Um mundo feito prá quem é Perfeito! Maçanetas sem "design anatômico", intransponíveis! Salgadinhos tipo "chips", incomíveis! E Páscoa sem poder abrir tantos nós, laços e embalagens.
Excluímos quando abrimos nosso portão de garagem invadindo a calçada, um obstáculo para cegos e cadeirantes. Um poste numa calçada, como "um" que temos numa certa rua de nosso município, é a maior bandeira de exclusão que se pode erguer, e aí vai uma lista enorme de obstáculos, de portas intransponíveis, criadas pelo homem para excluir outros homens.
Estar deficiente me proporciona a oportunidade única de estar "do outro lado", de ver como o outro vê e de sentir como o outro sente. Só espero que voce não tenha que aprender como eu estou aprendendo.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Quebrei os dois braços! Hora da Refeição!


Do Trágico, ao Cômico

(para rir um pouco)

Cheguei em casa com os dois braços engessados. Sentei-me à mesa ainda anestesiada pela adrenalina  e olhei para eles, branquinhos e pesados. Do acidente até aqui  mais de sete horas já haviam passado. O  estômago roncou. "Estou com fome", falei lentamente, intercalando as palavras com curtos ais. Imediatamente uma movimentação estranha começou a se formar na cozinha. Uns corriam pegando pratos e ficavam olhando os fundos e rasos, os grandes e pequenos, sem saber ao certo em qual colocariam minha comida. Paralelamente outros falavam aos cochichos, perguntando uns aos outros como eu iria comer, ir ao banheiro e que ossos e quantos eu havia quebrado - engraçado como as pessoas sempre fazem as mesmas perguntas e como têm curiosidade sobre as mais estranhas situações! Depois de muito correrem pela cozinha, se atrapalharem e se trombarem chega minha comida: arroz, feijão, carne moída com batata e cenoura cozidas com um prato raso de alface picadinha, um mísero prato raso. Um copo foi colocado ao meu lado só com um pouquinho de coca-cola dentro. Minha mãe sentou-se ao meu lado com o prato, um garfo, uma colher e uma faca. Colocou tudo na mesa, pegou o garfo e começou a amassar a minha comida, misturando tudo e transformando-a numa papinha marrom. A colher era usada para ir misturando os amassados e a faca, bem, não fiquei sabendo sua utilidade.

Hora da primeira garfada. Abri a boca, meio tímida. Nós, os que somos alimentados, temos que abrir a boca um pouco mais do que o usual, pois corremos o risco de errarem o alvo e sermos espetados nos lábios. Então, abri bem a boca e ... recebi uma "bolotinha" de papinha que veio bem acomodada na pontinha do garfo. Não deu tempo de mastigar, desceu direto! E assim foi, lentamente, garfadinha atrás de garfadinha com um pinguinho de comida em cada uma. De repente olhei para o copo, a faca estava ao lado ainda sem utilidade, e imaginei ter que beber aqueles 3 dedinhos de coca, golinho após golinho, e solicitei desesperadamente um canudo. Este foi acomodado no copo que foi empurrado para o centro da mesa. Afinal de contas, com todo aquele gesso, eu poderia derrubá-lo. Pedi a coca. Minha mãe pegou o copo, posicionou embaixo da minha boca que tentava alcançar o canudo que rodava no líquido (incrível observar como ficamos burros frente à situações inesperadas). Esse é o motivo de tão pouco líquido, pensei, não vou conseguir beber mesmo! Aí a "criatividade", pobrezinha nessa área, começou a dar seus ares. "Coloque o copo em cima da mesa, na minha frente, que eu alcanço o canudo", falei! Bebi? Não! Você conhece aquele canudinho sanfonado, que vc dobra e dirige para a boca? Pois é, ele estava dobrado em angulo de 90º, logo abaixo do meu queixo, fazendo com que eu tivesse que abaixar a cabeça, sem alcança-lo, da mesma forma. São tantos detalhes para pensar ....

As pessoas não sabem como se portar frente ao inesperado, ao que funciona de forma diferente. Fomos treinados para responder ao usual, ao comum, ao que funciona dentro dos padões. Minha mãe não me via apenas como alguém que não podia usar as mãos, ela me via como incapaz e doente, daí sua necessidade de me alimentar como um bebê, com direito a papinha amassada, pouca quantidade e pequeninas colheradas.

Bem, superada a comida e bebida, chegou a hora da alface, picadinha em minúsculos pedacinhos, num suculento prato raso bem a minha frente. Não pensei duas vezes, "será que terei que comer pedacinho por pedacinho, um de cada vez?" O cérebro já treinado, não pensou duas vezes, atacou de boca!!!

* Ei você, que chegou até aqui e leu esse post, não esqueça de deixar seu comentário. Gostaria muito de saber  quem você é e como chegou até aqui. * Beijos
 


Imagem Corporal

Voce sabe por que nós não vivemos batendo em tudo quando caminhamos? Posso te colocar em um lugar totalmente estranho, uma casa, por exemplo, e vc caminhará tranquilamente por todos os comodos sem se esbarrar em todas portas, quinas e fechaduras. Essa é a sua imagem corporal., ou seja, vc sabe exatamente o tamanho do seu corpo, o tamanho que ele ocupa no espaço. Vc não nasce com  uma imagem corporal formada,  vc vai adquirindo-a com o passar dos anos, e na fase adulta já deve estar plenamente estabelecida.
Um bom exemplo para entendermos a consciência dessa imagem corporal é observando o adolescente, sempre desajeitado. O cerébro não acompanha o crescimento rápido do físico. Conclusão: ele se esbarra em tudo, derruba tuda na mesa ao atravessar a mão para pegar um suco na outra ponta, bate demais os braços e os ossinhos laterais da bacia em todas as portas e passagens, por mais largas que sejam. Ele não sabe ainda exatamente o tamanho que  tem.
Se não ocorrer problemas, estabelecemos a consciência do nosso "eu físico" logo no início da fase adulta. Alguns a desenvolvem, mas de forma distorcida, outros, mesmo adultos ainda não a possuem adequadamente.
Bem, não tenho mais minha imagem corporal (oh!!! onde vc está?). A pequena camada de gesso confundiu meu cérebro, que agora não sabe mais meu tamanho. Daí, eu bato os braços engessados em todas as portas, quinas e fechaduras!!!(aiiiiiii) Aumentei alguns centimetros no espaço e ... sou um adolescente desajeitado!! (o adolescente pode deixar prá lá). E não sou só eu quem bato, todos batem nos meus braços (não é mesmo, Prim?). Todos os outros cérebros também têm que se ajustarem a mudança da minha imagem corporal, pois eu aumentei muito rápido uns 5 cm de espessura em cada braço.
Tomara Deus que meu cérebro não "pire" muito nesse período. Vou exigir dele e ele de mim, afinal, novas conexões nervosas irão se formar. A parte mais estimulada nessa etapa é a da criatividade (mostrarei para vcs mais tarde) juntamente com a área do equilibrio, motora, sensorial, dentre outras. Haja sinapses (não é mesmo Drª Bete? Bjs)!!!!

VEJA TAMBÉM: FALANDO SOBRE LATERALIDADE
                             VIVENDO DO LADO ESQUERDO

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Cabelo

Alguém já contou quantas vezes colocamos as mãos nos cabelos durante o dia? Arrumamos, ajeitamos, passamos as mãos, tiramos fios caídos do rosto e corpo uma dezena de vezes, ou muito mais, sem nos darmos conta disso. Sem contar aquelas coceirinhas que aparecem na cabeça do nada, como um bichinho andando ou uma picadinha.
Bem, eu contei. No meu primeiro dia em casa na minha nova condição, eu precisei, nada menos do que 18 vezes, que me coçassem a cabeça e tirassem fios de cabelo de meu rosto. Isso no primeiro dia! Cabelos crescem, pensei. - Quero raspar, afirmei categoricamente. Afinal de contas teria que lutar com esse cabelo mais uns 45 dias, ou mais.
Um alvoroço se deu em casa. Mil idéias surgiram: "Faça um rabo de cavalo! Prenda com grampos! Passe gel!". Todos sem surtir efeito, pois tenho os cabelos muito finos e lisos. O cabelo naquela hora era para mim totalmente indispensável, um estorvo.
Quatro dias depois, venci. Não raspei, mas "joãozinho fiquei"! (rimou)
Elegi o cabeleireiro e domingo, às 9 horas da noite Marquinhos, meu velho amigo de mais de .... anos (não vou contar não Marquinhos!) me salvou. Salvou sim, pois ameacei suicidar-me caso ele não viesse, naquele minuto. Marquinhos veio, afinal estava bem disposto. Havia passado o dia todo num "churras", lá na Estância, regado a muita cerva (beijos prá Angélica)!
Confiram o resultado!





















Mariza Helena Machado

De Deficiente para Eficiente - Primeiros dias








ESTOU PERDIDA!

Este foi meu primeiro pensamento. A "ficha" demora a cair.
Ainda no Hospital me dei conta que minhas mãos não alcançavam meu nariz. Tenho rinite alérgica. Desesperei! Vou depender de alguém para coçar meu nariz também, pensei. De súbito, a coceira do nariz passou para dar lugar a um fio de cabelo bem fino, quase transparente, mais para uma teia de aranha do que para um fio de cabelo roçando na minha bochecha. Me senti como o protagonista do livro/filme "O Escafandro e a Borboleta" - encarcerada (quem assistiu ao filme vai entender). Tentei assoprá-lo em vão. Minha boca se contorcia de várias formas tentando acertar o alvo. Me dei conta de alguns olhares penalizados em minha direção. Acredito que nunca imaginariam o porque daquela cena gotesca. Não era dor. Era tortura!
Era só o começo ...

Mariza Helena Machado

domingo, 12 de abril de 2009

PARA QUEM NÃO VÊ MUITA UTILIDADE PARA AS MÃOS!

AQUI COMEÇA MEU BLOG, MINHA NOVA FASE SEM O USO DAS MÃOS, QUATRO DIAS DEPOIS DO ACIDENTE...




Para que servem as mãos?
Poema de Giuseppe Artidoro Ghiaroni
Declamado por Bibi Ferreira

As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões;
os remédios e os venenos;
os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes;


dá cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!

REVISTA AUTISMO - EDIÇÃO NÚMERO 0

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Pais brasileiros criam a primeira revista de autismo na América Latina, com 100% de voluntariado.

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