O termo acessibilidade vem do latim, “accessibilitate”, qualidade de ser acessível, ou como adjetivo, a que se pode chegar facilmente; que fica ao alcance, ou mesmo como a definição proposta pela ONU, processo de conseguir a igualdade de oportunidades em todas as esferas da sociedade.
Nos dicionários é definida como facilidade na aproximação, no trato ou na obtenção.
Sem ter a funcionalidade total das mãos, deparei-me com inúmeras barreiras que me impediram de aproximar, obter e tratar. As barreiras são entendidas como potenciais fatores de exclusão, que acentuam preconceitos e criam condições propícias a práticas discriminatórias.
Quando pensamos em acessibilidade para garantir igualdade, muitas vezes não lembramos de pequenos detalhes que impõe barreiras tão grandes quanto uma escada para o cadeirante. Alguém já viu um idoso tentando abrir uma porta com maçaneta redonda? Com as articulações endurecidas e a força de preensão fraca, é impossível, como também o é para mim. Alguém se preocupa com as embalagens dos produtos? Como é difícil abrir um pacote de salgadinhos chips se você só tem uma mão?
Esquecemos que o design, às vezes, não proporciona acessibilidade. Com as mãos limitadas me deparei com controles remotos cada vez menores e com botões minúsculos, enquanto tudo que eu queria era um controle que pudesse ser utilizado com os pés, grande e resistente.
E as caixas de leite? Bem, a tesoura eu ainda não consigo usar. Mas eu tenho a alternativa das caixas que possuem tampa de rosquear, que eu também não possuo força para abrir, e ainda tem aquelas com dispositivo tipo das caixas de suco, mas elas possuem um selinho de fechamento impossível para mim de retirar. Sobra então, o leite de saquinho, esse eu abro com o dente mesmo.
E os desodorantes em spray? Nunca imaginei que eu deveria fazer tanta força para usá-lo. Sem força nos dedos e mãos, precisei eleger um ajudante para essa tarefa, e mais tarde mudei para os do tipo “roll-on”.
E para abrir a coca-cola? A garrafa d’água e todas as outras roscas que existem? Definitivamente, rosquear não é acessível!
A acessibilidade também inclui um “design” acessível para os produtos e ferramentas.
Embalagens fáceis de abrir e maçanetas acessíveis se tornaram a minha prioridade, pois passar a Páscoa tentando abrir os deliciosos chocolates embalados tão herméticamente um a um foram o meu martírio.
Bem, quanto as “maçanetas redondas”, para essas eu comprei a briga!
Nos dicionários é definida como facilidade na aproximação, no trato ou na obtenção.
Sem ter a funcionalidade total das mãos, deparei-me com inúmeras barreiras que me impediram de aproximar, obter e tratar. As barreiras são entendidas como potenciais fatores de exclusão, que acentuam preconceitos e criam condições propícias a práticas discriminatórias.
Quando pensamos em acessibilidade para garantir igualdade, muitas vezes não lembramos de pequenos detalhes que impõe barreiras tão grandes quanto uma escada para o cadeirante. Alguém já viu um idoso tentando abrir uma porta com maçaneta redonda? Com as articulações endurecidas e a força de preensão fraca, é impossível, como também o é para mim. Alguém se preocupa com as embalagens dos produtos? Como é difícil abrir um pacote de salgadinhos chips se você só tem uma mão?
Esquecemos que o design, às vezes, não proporciona acessibilidade. Com as mãos limitadas me deparei com controles remotos cada vez menores e com botões minúsculos, enquanto tudo que eu queria era um controle que pudesse ser utilizado com os pés, grande e resistente.
E as caixas de leite? Bem, a tesoura eu ainda não consigo usar. Mas eu tenho a alternativa das caixas que possuem tampa de rosquear, que eu também não possuo força para abrir, e ainda tem aquelas com dispositivo tipo das caixas de suco, mas elas possuem um selinho de fechamento impossível para mim de retirar. Sobra então, o leite de saquinho, esse eu abro com o dente mesmo.
E os desodorantes em spray? Nunca imaginei que eu deveria fazer tanta força para usá-lo. Sem força nos dedos e mãos, precisei eleger um ajudante para essa tarefa, e mais tarde mudei para os do tipo “roll-on”.
E para abrir a coca-cola? A garrafa d’água e todas as outras roscas que existem? Definitivamente, rosquear não é acessível!
A acessibilidade também inclui um “design” acessível para os produtos e ferramentas.
Embalagens fáceis de abrir e maçanetas acessíveis se tornaram a minha prioridade, pois passar a Páscoa tentando abrir os deliciosos chocolates embalados tão herméticamente um a um foram o meu martírio.
Bem, quanto as “maçanetas redondas”, para essas eu comprei a briga!
Mariza Helena Machado