16. Temple Grandin, 2010, EUA
De: Mick Jackson, com Claire Danes, Catherine O'Hara ,Julia Ormond, David Strathairn, Charles Baker.
Sinopse: Filme biográfico da jovem autista, na verdade, asperger, Temple Grandin (Claire Danes), que tinha a sua maneira particular de ver o mundo. Se distanciou das pessoas, preferindo estar com os animais, mas chegou a conseguir, entre outras conquistas, a defender seu pós-doutorado. Com uma percepção de vida totalmente diferenciada, dedicou-se aos animais e revolucionou os métodos de manejo do gado com técnicas que surpreenderam experientes criadores e ajudaram a indústria da pecuária americana.
Comentário: Quando o Emmy (Oscar da TV) começou na noite de 29 de agosto desse ano, o filme “Temple Grandin”, do diretor Mich Jackson, não era o preferido, apesar de receber nada menos do que 15 indicações. O filme foi produzido para a televisão, pela HBO e surpreendeu a todos. "Temple Grandin” roubou a cena e levou sete estatuetas, incluindo melhor filme para TV, melhor diretor (Mick Jackson), melhor atriz (Claire Danes), melhor atriz coadjuvante (Julia Ormond) e melhor ator coadjuvante (David Strathairn).
A atriz Claire Danes desapareceu na pele de Temple Grandin, absorvendo para si mesma os tiques, o jeito de andar e o modo de falar, e a própria Temple presente no dia do prêmio confirma isso. Temple se veste de forma peculiar, tipo um “cowboy”, e se apresenta em todas as ocasiões dessa forma, tem uma fala monótona e uma andar desajeitado.
A história acompanha desde o período antes da entrada para a universidade, até o reconhecimento nacional de seu trabalho. Não é retratada sua infância, a não ser por algumas citações e lembranças. Temple, nasceu em 1947 e foi diagnosticada com pouco mais de 3 anos como autista, numa década onde ser autista significava ser internado para sempre. Sua mãe não aceitou o rótulo e confiou no potencial de Temple, enviando-a para escolas regulares, mesmo sendo constantemente ridicularizada na escola por colegas insensíveis. Seu jeito peculiar de pensar e seu comportamento anti-social e agressivo eram mal vistos por professores e colegas de escola na infância. Frequentemente brigava com outras crianças, mas superou essa fase e terminou o que chamamos aqui de segundo grau.
Em férias no sítio de sua tia Anne, antes da ida para a faculdade, Temple se interessa por animais e a partir dessas observações desenvolve a sua “máquina do abraço”, que surpreendentemente foi baseada no “brete”, um aparelho rústico que, apertado contra o corpo do animal, mantinha-o calmo antes do abate. Temple sabia que era disso que precisava. E a partir daí não sossegou até construir o seu próprio “brete”. “As fixações podem ser canalizadas para fins construtivos. Remover a fixação pode ser uma imprudência”, diz Temple em sua autobiografia Uma Menina Estranha (Cia. das Letras, 1999).
Temple formou-se em Psicologia, tendo mestrado, doutorado e pós-doutorado em Ciência Animal. Desenvolve um grande trabalho nas redes de proteção e amparo aos autistas, ministrando palestras pelo mundo todo, explicando e ajudando pais e educadores a entender o autismo, além de criar formas de 'humanização' para o abate de animais, tendo se tornado uma cientista de renome na área de engenharia agropecuária e de comportamento animal. Mais de 50% dos matadouros e criadores de gado americanos, incluindo o Mc Donald’s, utilizam os métodos humanos e designs que ela criou.
Temple formou-se em Psicologia, tendo mestrado, doutorado e pós-doutorado em Ciência Animal. Desenvolve um grande trabalho nas redes de proteção e amparo aos autistas, ministrando palestras pelo mundo todo, explicando e ajudando pais e educadores a entender o autismo, além de criar formas de 'humanização' para o abate de animais, tendo se tornado uma cientista de renome na área de engenharia agropecuária e de comportamento animal. Mais de 50% dos matadouros e criadores de gado americanos, incluindo o Mc Donald’s, utilizam os métodos humanos e designs que ela criou.
Temple pensa em imagens e, segundo ela, isso foi primordial para o seu sucesso. Ela é incapaz de abstrair. Quando se vê diante de um estímulo, ela responde de forma diferente. Sua mente busca referências concretas, busca imagens e exemplos concretos do assunto tratado, seja uma mera menção a uma árvore, onde ela busca em sua cabeça todas as árvores já vistas, ou a mecânica envolvida na abertura de uma porta automática. Ela assume também que não conseguiria ter desenvolvido a maioria de suas teorias e projetos, não fosse por sua facilidade e sensibilidade de compreender as relações animais e seus sentimentos. Temple diz que sabe como os sentidos dos animais, em especial, do gado, funcionam e compara-os aos seus sentidos e sensações. Paradoxalmente, diz Temple, foi no matadouro que eu aprendi a dar afeto.
O filme dá esperança a pais e educadores e Temple fala sobre a importância desses em sua formação, dando os créditos de seu sucesso a sua mãe e a todos aqueles que acreditaram nela e nunca desistiram.
Olá queriamos parabenizar o trbalho que fazem com inclusão social e a divulgar que ser difernte não é mau. Gostarimaos de pedir que ajudasse na divulgação do nosso blog, que também gira em torno de apoio as deficiencias mentais multiplas. Desde já obrigada, um abraço
ResponderExcluirOlá Mariza, querida desculpe só responder agora
ResponderExcluiré que estado muito atarefada com meu trabalho de florista.
Quanto a publicar aqui um post sobre Filipe, PODE SIM! Isto vai ajuda-lo e muito. Toda divulgação da sua arte e sempre bem vinda , além de ser um praser estar num blog tão lindo e esclarecedor como o seu.
Andei lendo e gostei muito!
Voltarei.....
Beijos.
Ray