Ecstasy: empatogênico ou pílula do amor? O ecstasy, ou metilenodioximetanfetamina (MDMA) aumenta os sentimentos relacionados à empatia e conexão social. Esses efeitos “empatogênicos” sugerem que o ecstasy possa vir a ser útil no tratamento de psicoterapia de pessoas com dificuldade para se relacionar com os outras, como as pessoas que sofrem de autismo, esquizofrenia ou transtorno de personalidade anti-social. No entanto, tem sido difícil medir esses efeitos objetivamente e há poucas pesquisas realizadas com humanos. Agora, porém, pesquisadores da Universidade de Chicago, financiados pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas, relataram suas descobertas na edição de dezembro de 2010 da revista Biological Psychiatry. Dr. Gillinder Bedi, autor do estudo, explicou: “Nós descobrimos que o ecstasy produzia simpatia, ludicidade e sentimentos amorosos até mesmo quando administrado a pessoas no laboratório sem qualquer contato social.Também descobrimos que o ecstasy provoca uma redução na capacidade das pessoas de reconhecer expressões faciais de medo nas outras.” Esses dados sugerem que o ecstasy produz efeitos que tornam os outros mais atraentes e amigáveis, o que serve como um importante motivador para usá-lo como droga recreativa. E ele também faz com que a outra pessoa pareça menos ameaçadora, o que pode aumentar os riscos de quem o ingere. “Dentro do contexto de tratamento, esses efeitos podem promover a intimidade entre pessoas que têm dificuldade de se relacionar com outras”, observou o Dr. John Krystal, editor da Biological Psychiatry. “No entanto, o ecstasy distorce a percepção que você tem de outra pessoa em vez de produzir uma empatia verdadeira. Além disso, o ecstasy pode causar problemas se levar as pessoas a interpretarem mal o estado emocional e até mesmo a intenção dos outros”. Certamente, mais pesquisas devem ser realizadas antes de se considerar o uso da droga como tratamento psicoterapêutico. Mas, o estudo em questão também sublinhou a necessidade de entendermos mais sobre as formas que as diferentes drogas afetam as experiências sociais, uma vez que as drogas são comumente usadas nesses ambientes. Fonte: UOL |
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
ECSTASY: DROGA DA EMPATIA X AUTISMO
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