domingo, 20 de fevereiro de 2011

Filmes que você não pode deixar de ver! 18. XXY

18. XXY, Argentina, 2007

Direção: Lucía Puenzo, com Ricardo Darín, Ines Efron, Valeria Bertucelli, Germán Palacios. 
Site Oficial: http://xxylapelicula.puenzo.com/main.html





Sinopse: Alex (Inés Efron) nasceu com as características sexuais de ambos os sexos e para fugir dos médicos que insistiam em corrigir a ambigüidade genital da garota, a família leva-a para um vilarejo no Uruguai. Convencidos de que uma cirurgia seria uma violência contra seu corpo, eles vivem retirados numa casa nas dunas. Um dia, recebem a visita de um casal de amigos, que traz com eles o filho adolescente. O pai visitante é especialista em cirurgia estética e se interessa pelo caso clínico da jovem. Enquanto isso, Alex, de 15 anos, e o rapaz, de 16, sentem-se atraídos um pelo outro.



A Síndrome de XXY, também conhecida como Síndrome de Klinefelter (em alusão ao Dr. Harry F. Klinefelter, que identificou a anomalia pela primeira vez em 1942) é causada por uma variação cromossômica envolvendo o cromossomo sexual. Todos os homens possuem um cromossomo X e um Y (XY) e as mulheres dois cromossomos X (XX), mas ocasionalmente uma variação irá resultar em um homem com um X a mais, esta síndrome é muitas vezes também descrita como 47 XXY. Este cromossomo sexual extra (X) causa uma mudança nas características físicas dos meninos, pois produzem menos testosterona na juventude, o que pode lhes dar um aspecto feminino, com desenvolvimento de mamas e outras características femininas.  Mas não é o caso da personagem do filme, que está mais para o hermafroditismo. O título parece mesmo ser uma provocação, um convite ao debate. A própria diretora relatou que não queria falar de um diagnóstico preciso. O título do filme, segundo ela, é uma metáfora da intersexualidade em geral.



Os pais a incentivam a tomar hormônios que inibirão as características masculinas, e acreditam que essa é a melhor escolha, pois Alex tem traços femininos marcantes, inclusive seios. Mas a atração sexual entre Alex e o filho adolescente do casal que aparece para visitar a família, faz com que Alex se confronte com os seus desejos e coloca em xeque a decisão de seus pais no passado. A figura do pai (Ricardo Darín) tem um tratamento especial nesse delicado momento, pois é ele que percebe que talvez a “filha”, seja no fundo um “filho”. A trama do filme, na verdade, gira em torno do dilema de Alex em ter que resolver qual dos dois sexos ele(a) pretende adotar e se continua ou não a tomar os hormônios.





 Esse é o primeiro filme da cineasta argentina Lucía Puenzo, filha de Luis Puenzo – diretor do premiado A História Oficial. Ganhou o prêmio da crítica em Cannes e o Goya de melhor filme estrangeiro de língua espanhola em 2007 e foi escolhido para representar a Argentina ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2008, mas não chegou a ficar entre os indicados.
XXY é um belo filme argentino. Indispensável e necessário. Um convite à reflexão sobre a identidade sexual.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ALIMENTOS PODEM INTERFERIR NO COMPORTAMENTO

Há muitos estudos que correlacionam o nosso humor a certos alimentos. Comprovadamente alguns alimentos são capazes de modular alguns de nossos neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre as células. Esses neurotransmissores sempre devem estar em níveis adequados dentro de nosso cérebro e os alimentos podem interferirem negativamente ou positivamente nesse equilíbrio. Por exemplo, para que você se sinta feliz, disposto e tranqüilo, é fundamental que três elementos estejam em níveis adequados na massa cinzenta: serotonina, dopamina e noradrenalina. A serotonina é derivada do triptofano e os outros dois são produzidos com a ajuda da tirosina. Portanto, se faltam fontes de triptofano no prato, abrem-se brechas para a tristeza. Já a tirosina controla as nossas reações a estímulos de conteúdo emocional, ou seja, como vamos encarar os fatos que nos ocorrem. 

Imagen internet manuellarangel.com.br


Baseado nessas informações, estudiosos têm desenvolvido dietas restritivas ou complementares para tratarem o humor, e com certeza, as crianças que apresentam esses distúrbios, advindos do autismo ou do TDAH são muito beneficiadas.
Aqui no Brasil existem estudiosos investigando essa história. É o caso da neurocientista Patrícia Brocardo, da Universidade Federal de Santa Catarina e do professor brasileiro Ivan de Araújo, que trabalha com neurociências na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.




Imagen internet revistavidanatural.blogspot.com





Os alimentos interferem também em outras áreas de nossa vida.  Alguns podem provocar reações adversas, que vão da asma a problemas gastrointestinais, além dos comportamentais. A REVISTA VEJA de 05/02/11 publicou uma reportagem relacionando uma dieta restritiva e a redução dos sintomas do TDAH, onde pesquisadores tentam provar que alguns alimentos podem afetar negativamente o cérebro e provocar o transtorno de déficit de atenção.
O estudo foi feito com 100 crianças da Bélgica e da Holanda, todas diagnosticadas com TDAH. Elas foram divididas em dois grupos escolhidos aleatoriamente. Um grupo recebeu, por cinco semanas, uma dieta restritiva, sem alimentos processados, que incluía apenas água, arroz, carne, peras e vegetais. Depois foram introduzidos na dieta batata, trigo e mais frutas. O outro grupo recebeu apenas aconselhamento sobre alimentação saudável.
Das 41 crianças que completaram as cinco semanas de dieta restritiva, 78% tiveram uma redução nos sintomas e 22% (nove crianças) não apresentaram nenhuma melhora. “Chegamos à conclusão de que mudanças na dieta deveriam ser consideradas para todas as crianças com  TDAH”, afirmaram os autores do estudo, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Radboud e pelo Centro de Pesquisas sobre TDAH, ambos localizados na Holanda.
Embora não existam evidências conclusivas sobre o papel dos alimentos no desenvolvimento do TDAH, um dos transtornos neurológicos mais comum em crianças, há a suspeita de que comidas ricas em açúcar possam desencadear os sintomas e de que substâncias como aditivos alimentares tenham efeito sobre o comportamento infantil. 
Diversas crianças dentro do espectro autista apresentam dificuldades gastro-intestinais como a constipação crônica ou a diarréia, inchaço ou desconforto. Muitas crianças também são sensíveis ou alérgicas a diversas comidas e substâncias. Uma grande parcela das crianças com autismo apresenta intolerância ao glúten (proteína encontrada em grãos como o trigo e a aveia) e à caseína (proteína presente no leite e laticínios). O sistema digestivo destas crianças apresenta dificuldade para digerir estas duas complexas proteínas – que acabam escapando para a corrente sanguínea como peptídios. A estrutura molecular destes peptídios lembra a dos opiáceos (por exemplo, a heroína e morfina) e parece afetar o cérebro de forma similar aos narcóticos. Crianças com intolerância ao glúten e à caseína costumam “viciar-se” em alimentos que possuem estas proteínas. Na verdade, algumas crianças não aceitam comer nada a não ser alimentos que contenham glúten e caseína, presas então em um ciclo de dependência bioquímica. A dieta isenta de glúten e caseína permite que a criança libere-se deste ciclo e interrompa a corrente de substâncias similares às opiáceas para seus cérebros. Também possibilita a implementação de uma dieta mais variada e nutritiva que beneficie a saúde e o desenvolvimento global. (mais informações no site INSPIRADOS PELO AUTISMO)
Portanto, vale a pena pesquisar!

VEJA TAMBÉM A REPORTAGEM DA REVISTA SAÚDE! é vital, COM MUITAS DICAS SOBRE ALIMENTAÇÃO E HUMOR. 

BLOG DA CLAUDIA MARCELINO, mãe do Maurício que tem autismo e que já publicou um livro sobre o assunto e tem dicas preciosas sobre dietas sem glúten e sem caseína.

  

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Pais brasileiros criam a primeira revista de autismo na América Latina, com 100% de voluntariado.

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