sábado, 28 de agosto de 2010

Unique Types é um movimento contra o preconceito.


Unique Types são fontes muito especiais, inspiradas nas crianças atendidas pela AACD. Criadas sob licença Creative Commons, as fontes podem ser usadas livre e gratuitamente. 
Durante 10 dias, a AACD convidou 10 dos maiores Diretores de Criação do Brasil a utilizarem as UniqueTypes em suas campanhas.
Usando as fontes você apoia a causa da AACD, mostrando que os deficientes físicos podem fazer praticamente tudo que as pessoas sem deficiência podem.
Assim, quanto mais gente conhece o trabalho da AACD, mais gente pode colaborar: visitando as crianças, sendo voluntário, tornando-se uma empresa parceira ou fazendo uma doação. 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Filmes que você não pode deixar de ver! 11. The Apple, 1998

11. The Apple, 1998 - A Maçã
De Samira Makhmalbaf, com Massoumeh Naderi, Zahra Naderi, Ghorban Ali Naderi.

Comentário: “A Maçã” narra a história verídica de duas irmãs gêmeas, Massoumeh e Zahra, trancafiadas em casa pelos pais – uma senhora cega e um senhor desempregado – durante 11 anos, o que as levou a um processo de  atraso no desenvolvimento global. A prisão domiciliar era justificada por uma passagem de um texto religioso do Alcorão, segundo o qual as jovens são como pétalas, que fenecem ao contato do sol e não podem ser tocadas por homens. No filme, acompanhamos o drama dos pais (do pai, principalmente) para não ver as filhas ficarem sob a tutela do Estado. Ele tentará ensinar as meninas a desenvolver habilidades essenciais, como varrer o terreiro e fazer comida, para provar a uma assistente social que elas devem ficar com a família. O instigante é que não só a história das irmãs é verídica como os envolvidos no drama representam a si mesmos no filme. O pai, por exemplo, aceitou representar a si mesmo por acreditar que, assim, poderia defender seu nome, que fora, em sua opinião, caluniado pela imprensa, quando o caso veio à tona. É a própria Samira que diz, numa entrevista concedida no Brasil: “Começamos a fazer o filme apenas quatro dias depois que toda a imprensa abriu espaço para a história. Isso significa que o que foi captado, nesse curto período de tempo, era o real, ou as conseqüências sociais e psicológicas do acontecido”.

O filme inicia com um texto que é um abaixo-assinado organizado pelos vizinhos para que os pais das meninas as libertem de sua “prisão” e que o Estado fique com a guarda das jovens. Sendo assim, a Assistente Social vai à casa de Massoumeh e Zahra, em um bairro pobre do Teerã, e toda a imprensa local para fazer a matéria.
O título Maçã não é nenhuma alusão a pecado. A maçã simboliza a libertação, pois com maçãs as duas irmãs conquistam e celebram suas primeiras amizades.
Interessante observar como os anos de reclusão e privação social atrasaram o desenvolvimento de ambas. Elas mal falavam, não sabiam brincar, expressar afeições e sentimentos, mal sabiam andar e apresentavam esteriotipias.








SAMIRA MAKHMALBAF, nasceu em Teerão em 1980.
Samira é filha do internacionalmente reconhecido Mohsen Makhmalbaf. Quando tinha oito anos participou no consagrado filme do pai THE CYCLIST (1987). Depois de frequentar uma escola de cinema privada, foi assistente de realização do pai em THE SILENCE (1998). Fez o seu primeiro filme THE APPLE, em 1998, com apenas 17 anos.

Vale a pena conferir!


ENSINO DE HABILIDADES BÁSICAS NA DEFICIÊNCIA MENTAL E NOS DISTÚRBIOS DE DESENVOLVIMENTO

PARTE II
3.   PERCEPÇÃO TÁTIL
Objetivos:
Explorar diferentes texturas;
Discriminar seco e molhado;
Discriminar quente e frio;
Identificar objetos através do contato físico;
Explorar o ambiente com as mãos.

Exemplos de atividades:
- explorar materiais diferentes com os pés e mãos (áspero, liso, crespo, macio). Colocar arroz, feijão, maizena, areia, algodão, macarrão, água, gelo, pedras, etc. em uma vasilha e deixar a criança explorar com pés e mãos;
- vasilhas com água quente e fria para identificação e nomeação (pode passar a vasilha em várias partes do corpo);
- comidas quentes e frias;
- molhar as mãos, ou rosto, ou pés e secar (nomear sempre seco e molhado);
- andar no chão molhado/seco, na grama, na areia;
- atividades com luvas/sem luvas;
- objetos dentro de uma caixa para identificação (só com o tato);
- identificar brinquedos, objetos de uso pessoal e roupas da própria criança pelo toque e tato;
- atividades com areia, massa de modelar, argila, barro, pintura com as mãos.

4.   PERCEPÇÃO GUSTATIVA
Objetivos:
Perceber diferentes gostos, sabores e texturas;
Diferenciar comestível ou não;
Diferenciar duro/mole e quente/frio.

Exemplos de atividades:
- manipulação de alimentos com as mãos (incentivar a colocar na boca – açúcar, chocolate em pó, farinha de mandioca, sal, chocolate granulado, cereais, frutas picadas, balas e bolachas picadas);
- reconhecendo alimentos preferidos pela boca (sempre nomear ao colocar na boca da criança);
- reconhecendo doce, amargo, azedo, salgado (nomear);
- reconhecer duro e mole (pedaços de frutas, pão, gelatina);
- identificar quente e frio com os lábios, rosto (pode permitir com o toque).

5.   PERCEPÇÃO OLFATIVA
Objetivos:
Perceber e identificar diversos odores;
Identificar e perceber cheiros bons e ruins.

Exemplos de atividades:
- molhe algodão em diversos cheiros (vinagre, álcool, perfume, pó de café, limão, canela, alho, cebola, cera) e coloque próximo ao nariz da criança. Vá nomeando os cheiros;
- passe shampoo, sabonete, talco, etc. nas mãos e incentive a criança a cheirar;
- identificar cheiros bons e ruins (use talco ou perfume e vinagre ou álcool);
- atividades de encontrar pelo cheiro (passe perfume/vinagre em brinquedos, pedaços de pano e ajude a criança a encontrá-los;
- distinguir pelo cheiro comestíveis e não comestíveis (permitir explorar com a boca inicialmente, posteriormente só pelo nariz – escolha alimentos que a criança gosta e não gosta);
- passar perfume ou creme nas mãos e incentivar cheirar a si e o outro.

OBSERVAÇÕES:

1. Nem todos esses programas serão desenvolvidos com cada criança. A escolha de quais dele adotar e em qual sequência dependerá do conhecimento do repertório da criança, de suas dificuldades e facilidades e de suas necessidades de aprendizagem futura.
2. Antes de iniciar qualquer treino senso-perceptivo a criança deverá ter  sido treinada para permanecer sentada por pelo menos cinco minutos. Esse tempo tende a crescer se as atividades forem estimulantes e os objetos de reforço tenham sido cuidadosamente escolhidos.
3. Avaliar as habilidades e dificuldades gerais da criança (funcionamento global, o que pode e não fazer, suas preferências e aversões, coordenação motora fina e grossa, coordenação óculo-manual, percepção de tempo e espaço, comunicação, interação, esteriotipias, etc.). Tenho que conhecer e entender a criança, tenho que saber que comportamentos devem ser eliminados e quais devem ser adquiridos.
4. Avaliar o funcionamento dos 5 sentidos (qual sentido é mais usado e qual é negligenciado ou usado de forma errada).
5. Iniciar pelo treino visual se a criança não dirigir o olhar para as atividades ou possuir dificuldade de compartilhar interesses. Em seguida vá para “Contato Visual”, caso contrário, começar o treino pelo sentido menos usado ou usado de forma inadequada (é sempre bom evitar superestimular o sentido que é mais usado).
Exemplo 1: Se João leva tudo à boca, não devo iniciar o treino com o programa gustativo. Vou para o tátil, pois João precisa aprender a conhecer o mundo pelas mãos, pelo toque, depois pelo olhar e assim vai. Quando chegar ao treino gustativo, João já não estará colocando tanto as coisas na boca.
Exemplo 2: Maria não faz contato visual. Não segue objetos, não olha para onde apontamos e não mantêm o contato visual suficiente com a tarefa ou atividade,  para poder aprendê-la. Sendo assim, preciso primeiramente treinar a percepção e o contato visual, pois sem dirigir o olhar não consigo treinar as outras percepções.
6. Propiciar ajuda para que a criança dê a resposta correta. Dê ajuda física, verbal ou gestual. Mostre o que deve ser feito. Posteriormente vou retirando as ajudas.
7. Repetir a atividade quantas vezes, dias ou meses forem necessários para a aprendizagem.
8. Usar técnicas de reforço.
9. Treinar cada sentido separadamente.
10. Só passar para o treino do outro sentido quando a criança já generalizou o aprendizado ou reagiu adequadamente aos estímulos.
11. Quando em treino de um sentido, não deixe também de continuar treinando e estimulando as habilidades já adquiridas.
12. Sempre usar materiais, alimentos, cheiros e atividades prazerosas para a criança.
13.  Registre tudo, pois só assim poderá observar o que deve ser mudado ou mantido.
14. Divida as sessões no decorrer do dia. Quatro treinos de 10 minutos cada, ou dois treinos de vinte minutos, por exemplo. Você decide com base na criança, na sua capacidade de fixar e manter a atenção.

VEJA PARTE I

Em breve: PARTE III - COMPORTAMENTO EXPLORATÓRIO 

sábado, 14 de agosto de 2010

Debate Eleições 2010 - Band - Em libras


Conteúdo cedido gentilmente pela Helen Baesse, jornalista, militante da luta pela acessibilidade audiovisual no Brasil, responsável pelo Blog TV LIBRAS.




Debate completo no Blog TV LIBRAS:
www.tvlibras.blog.com - Debate presidenciáveis em libras 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Filmes que você não pode deixar de ver! 10. BLACK BALLOON

10. Sei que vou te amar - Black Balloon, 2008
De Elissa Dowm, com Rhys Wakefield, Luke Ford, Toni Collette, Erik Thomson, Gemma Ward.

Sinopse: Um filme muito bom que explora o dia a dia de uma família australiana na décade de 1980. A família Mollison possui 2 filhos, Thomas (Rhys Wakefield) de 16 anos e seu irmão mais velho Charlie (Luke Ford), autista com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Thomas Mollisson quer apenas ter uma vida normal, mas o funcionamento de toda sua família gira em torno de oferecer um ambiente de vida seguro e o mais feliz possível para Charlie, seu irmão. Ao se mudar para uma nova casa e uma nova escola, Thomas conhece Jackie Masters (Gemma Ward) e começa a se apaixonar por ela.
Ao contrário do que se pode pensar, o foco do filme não é o autismo de Charlie. O centro da narrativa é Thomas, cuja solidão e angústia comovem desde o primeiro instante do filme. Thomas tem que lidar com os preconceitos em relação ao irmão, com a vergonha, com as gozações dos colegas e com o total desconhecimento das pessoas em relação ao autismo, tudo isso em meio as angústias e anseios da adolescência. Thomas não encontra suporte familiar em sua mãe, seu pai e muito menos em Charlie, que é totalmente dependente de cuidados (o ator que faz o papel de Charlie representou de forma extremamente convincente) e toma todo o tempo dos pais.
Charlie possui esteriotipias, não fala, contudo tem boa linguagem receptiva, entende ordens simples e é totalmente inflexível a certas mudanças em sua rotina. Usa suas fezes como massa de modelar, se auto agride quando contrariado e passa a maior parte do tempo só de cuecas batendo uma colher de pau no chão. Apesar de seu autismo ser mais grave ele freqüenta uma escola especial e é excelente no vídeo game. A meu ver, a família o infantiliza e trata-o como um bebezão. A mãe parece querer compensar o autismo de Charlie impedindo que ele fique triste ou contrariado, não impondo limites claros. Em meio a esse caos, Thomas acaba sufocando sua individualidade por meio de uma função que acaba exercendo forçosamente, cuidar de Charlie enquanto sua mãe está no hospital por conta da gravidez, justamente quando ela começa um relacionamento com Jackie.
O filme trata de relações humanas, tolerância, preconceito e diferenças.  
 
Não deixem de ver!

REVISTA AUTISMO - EDIÇÃO NÚMERO 0

REVISTA AUTISMO - EDIÇÃO NÚMERO 0
Pais brasileiros criam a primeira revista de autismo na América Latina, com 100% de voluntariado.

REVISTA AUTISMO - EDIÇÃO NÚMERO 1

AGENDA PÚBLICA - REVISTA AUTISMO

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